Abaixo, as 7 principais etapas para gravar seu CD, que podem
variar de acordo com o projeto.
Escolha do repertório
Certamente o artista já tem um repertório definido antes da escolha do
produtor, já que o estilo musical é a soma do artista com seu repertório.
Dependendo do estilo musical, o produtor interfere mais ou menos na escolha do
repertório do CD.
Escolha do produtor
O produtor é um tradutor do artista para o público; é o profissional que
direciona o artista na expressão de sua identidade, na escolha do conceito do
CD e sonoridade do disco. O produtor musical é a pessoa que conhece todos os
processos de uma produção, passando pela escrita da letra ou criação de melodia
até a masterização da música; o produtor ajuda o artista na escolha do estúdio,
equipamentos e instrumentos a serem utilizados na gravação. Geralmente o
artista sabe onde quer chegar, mas não sabe como; essa resposta cabe ao
produtor.
É a escolha de timbres, instrumentos, andamento, tonalidades e outras variáveis
da produção. Esta etapa definirá o esqueleto do projeto. Depois de tudo
escolhido, parte-se para o ENSAIO. A banda deve estar em sinergia, pois o
resultado final do CD depende muito desta etapa. Hoje com a facilidade do áudio
digital de gravar em qualquer lugar a qualquer momento, muitos artistas gravam
o CD inteiro na pré-produção para já ouvir uma prévia do que vai ser o disco e
no estúdio profissional repassam tudo que foi gravado na pré. Esse procedimento
de ter tudo gravado é o melhor resultado em que se pode chegar na pré-produção
de um CD!
O processo de gravação consiste em captar todo o material acústico produzido pelos instrumentos, e transformar em vários arquivos de áudio digital. Hoje o software mundialmente conhecido e o mais utilizado em estúdio é o Pro Tools, (Pro Tools HD e Pro Tools HDX).
No estúdio, a banda vai registrar tudo o que definiu, produziu e ensaiou na
pré-produção. É importante a banda entrar em estúdio com tudo definido, para
que nesta etapa se preocupe “apenas” com execução e timbre do instrumento ou
voz. Até meados de 2000, tínhamos a cultura de criar muitas coisas dentro do
estúdio e isso é ótimo, mas hoje com os orçamentos menores, essa possibilidade
fica cada vez mais distante. No processo de gravação é importante escolher os
seguintes itens:
- qual sala usar
- qual posição do instrumento dentro da sala
- qual microfone usar
- qual pré / equalizador / compressor usar
Alguns engenheiros de áudio gostam de gravar tudo flat (sem
equalização) para poder ter mais tranquilidade de buscar o som ideal na
mixagem, já outros engenheiros gostam de gravar o mais “pronto” possível,
usando filtros, equalizadores e compressores antes mesmo de ir para o
computador.
É o processo de edição. Aqui pode haver correção de voz, instrumentos, tempo, e também novas gravações (overdubs, backing, etc). Quando são utilizados instrumentos virtuais, loops e programações – geralmente após tudo captado novas ideias surgem, isso é definido e arranjado antes do início da mixagem. O importante é chegar na mixagem com a música já definida, com seus instrumentos e elementos editados e com as edições finalizadas.
A palavra mixagem basicamente significa mistura! Aqui tudo que foi gravado, é misturado para um arquivo stereo final. É o processo em que a experiência e profissionalismo do engenheiro de áudio, somado à qualidade de equipamentos do estúdio é colocado em evidência. Aqui busca-se a melhor associação possível entre instrumentos, solos e voz. O processo de mixagem pode ser o mais longo do disco, pois aqui podemos recriar um arranjo, evidenciar algo que não era tão importante no início, criar novas texturas, ambientes, efeitos e emoções.
Processo onde se produz um master do disco. Neste processo pegamos o arquivo stereo da mixagem e trabalhamos com equalizadores e compressores a fim de chegar em um volume pré-estabelecido pelo mercado. Quando falamos de CD, pensamos nele como uma unidade; a masterização é o processo que vai igualar volumes, timbres e nuances das faixas, criando a unidade desejada para o trabalho.
Por:
ZenStúdio